SIMULAÇÃO E MITIGAÇÃO DA PEGADA DE CARBONO PROVENIENTE DE MATERIAIS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS E SUBSTITUIÇÃO POR MATERIAIS ALTERNATIVOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24857/rgsa.v18n8-004

Palavras-chave:

Emissão, Construção Civil, Dióxido de Carbono, Materiais de Construção

Resumo

Objetivo: O objetivo foi analisar quais impactos ao meio ambiente, provenientes da construção de residenciais, realizando uma simulação da pegada de carbono desse empreendimento e elaborando um comparativo com a substituição de materiais convencionais para materiais alternativos na mitigação de Dióxido de carbono (CO2).

 

Referencial Teórico: A contribuição efetivamente da indústria da construção civil na emissão dos GEE, devido extração de materiais, transporte dos mesmos e processo de fabricação do cimento. O setor é encarregado pela produção de um bem que possui uma longa vida útil, assim, é possível perceber que a emissão dos gases tem um papel crítico ao meio ambiente

 

Método: A metodologia foi dividida nas seguintes etapas: pesquisa bibliográfica, com ênfase nos temas; coleta de dados, que foram levantados a partir de trabalhos em campo e a utilização de geoprocessamento com dados oriundos do sensoriamento remoto; análise dos impactos ambientais e o comparativo de materiais convencionais para materiais alternativos.

 

Resultados: Comprovou-se nos resultados dos materiais construtivos que, comparando os valores de 212,83 kgCO2 e 208,14 kgCO2, respectivamente, de CO2 emitido pelos cinco materiais escolhidos, chegou-se a um total de redução de 4,69 kgCO2, ou seja, o equivalente a 2,2% a menos de CO2 emitido por cada casa, se substituídos as telhas cerâmicas e os tijolos cerâmicos por bambu.

 

Implicações da pesquisa: Os resultados deste trabalho são de grande relevância para o desenvolvimento sustentável na construção civil, não só apenas do município de Garanhuns, mas em todo Agreste meridional, trazendo para o interior de Pernambuco possibilidades de mitigar as emissões de gases.

 

Originalidade/valor: Utilizando o conhecimento técnico e as emissões dos materiais construtivos utilizados no Brasil, espera-se contribuir de forma relevante para a problemática que se apresenta, pois a construção civil como um todo, necessita de mudanças em sua forma de emitir gases do efeito estufa, já que é um setor com um alto potencial de mitigar os efeitos causados pelas emissões de GEE emitidos pelos seus materiais construtivos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albuquerque, A. M. S. (2021). Estimativas de emissão de CO2 em uma edificação no município de Garanhuns – Pernambuco. (Trabalho de Monografia). AESGA. Garanhuns-PE.

Adaptaclima. (2023). Adaptação à mudança climática. Disponível em: http://adaptaclima.mma.gov.br/adaptacao-a-mudanca-do-clima

Agopyan, V., & John, V. M. (2011). O desafio da sustentabilidade na construção civil. Série Sustentabilidade, v. 5. São Paulo: E. Blucher.

Azambuja, R. N., & Barros, A. C. (2015). Geomorfologia e áreas de expansão urbana do município de Garanhuns-PE: uma abordagem espaço-temporal dos eventos morfodinâmicos para o planejamento territorial. Geo UERJ. Disponível em: https://doi.org/10.12957/geouerj.2015.16739 DOI: https://doi.org/10.12957/geouerj.2015.16739

Boni, F., & Meira, S. (2020). Como reduzir a pegada de carbono na construção civil. Disponível em: https://www.ugreen.com.br/como-reduzir-a-pegada-de-carbono-na-construcao-civil/

Caldas, L. R. (2020). Como as edificações podem reduzir sua pegada de carbono? Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/943513/como-as-edificacoes-podem-reduzir-sua-pegada-de-carbono

Costa, B. L. C. (2012). Quantificação das emissões de CO2 geradas na produção de materiais utilizados na construção civil. 208f. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/60/teses/coppe_m/BrunoLuisDeCarvalhoDaCosta.pdf

Cunha, I. B. (2016). Quantificação das emissões de CO2 na construção de unidades residenciais unifamiliares com diferentes materiais. 136f. (Dissertação) Mestrado em Engenharia e Tecnologia dos materiais. Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Disponível em: https://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/6884/2/DIS_IASMINY_BORBA_DA_CUNHA_COMPLETO.pdf

Dantas, J. B. (2017). Geografia distribuição espacial e qualificação da cobertura vegetal do município de Natal, Rio Grande do Norte. Letras e Artes Programa de (Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia Espacial). Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Humanas. Natal/RN.

Durante, L. C., Alencar, S. G., Venere, P. C., Callejas, I. J. A., Rabelo, O. S., & Rossetti, K. de A. C. (2019). Coberturas ecológicas para aplicação em moradias dos assentamentos da reforma agrária: alternativas de ecoinovação. E&S. 41-61. DOI: dx.doi.org/10.18607/ES201988148 DOI: https://doi.org/10.18607/ES201988148

Estratégia ODS. (2018). A Estratégia ODS é uma coalizão com o propósito de ampliar e qualificar o debate a respeito dos objetivos de desenvolvimento sustentável no Brasil. Disponível em: https://www.estrategiaods.org.br/

Freitas J, J. A. (2017). Materiais de construção com madeira para mitigação de gases do efeito estufa na execução de edificações. 204f. (Tese de doutorado). Universidade Federal do Paraná, Paraná. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/49450/R%20-%20T%20-%20JOSE%20DE%20ALMENDRA%20FREITAS%20JUNIOR.pdf?sequence=1

IBGE. Atlas Geográfico Escolar. [Sl]., (2019). Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.br/a-terra/nosso-planeta-no-universo

Instituto Do Aço Brasil. Emissão de gases de efeito estufa das empresas produtoras de aço no Brasil. (2020). 18f. Disponível em: https://www.acobrasil.org.br/relatoriodesustentabilidade/assets/pdf/PDF-2020-Relatorio-Aco-Brasil-Ambiental.pdf

IPCC. (2006). Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Prepared by the National Greenhouse Gas Inventories Programme. Intergovernmental Panel on Climate Change. Published: IGES, Japan.

IPCC. (2021) Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Sumário para Tomadores de Decisão. In: Sexto Relatório de Avaliação. Genebra: IPCC.

Jesus, C. D., & Buonicontro, L. (2020). Avaliação preliminar comparativa de materiais utilizados para construção de Habitações de Interesse Social na Costa do Cacau, BA. Gaia Scientia, 14(2). DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2020v14n2.46439

John, V. M. (2000). Reciclagem de resíduos na construção civil: contribuição à metodologia de pesquisa e desenvolvimento. (Tese). – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Jones, Craig. Inventory of Carbon & Energy (ICE). (2019). Disponível em: https://pt.scribd.com/document/491036852/ICE-DB-V3-0-10-Nov-2019-xlsx

Justi, A. R. (2008). Implantação da plataforma Revit nos escritórios brasileiros. Gestão & Tecnologia de Projetos, 3(1), 140-152 Disponível em: file:///C:/Users/Usuario/Downloads/50931-Artigo%20(manuscrito%20de%20submiss%C3%A3o%20inicial)-63396-1-10-20130204%20(4).pdf DOI: https://doi.org/10.4237/gtp.v3i1.56

Kozloshi, C. L., Vaghetti, M. A., & Silva, B. N. (2019). Emissões de CO2 na casa popular eficiente e o emprego de materiais alternativos. p. 1-11 In: III Encuentro Latino Americano Y Europeo de Edificaciones Y Comunidades Sostenibles. Santa Fé - Paraná.

Leite, G. S., Vigoderis, R., Cruz Gonzaga, N., De Lucena Rocha, L., Da Silva, J. M., Pachêco, C. R. X., & Oliveira, L T. (2023). A Gestão de resíduos da construção civil em um empreendimento urbano usando a tecnologia BIM. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 17, n. 9, p. 01-09. Disponível em: https://doi.org/10.24857/rgsa.v17n9-009 DOI: https://doi.org/10.24857/rgsa.v17n9-009

Lima, E. M., Fernandes, R. T. V., & Dantas, L. (2018). Quantificação de CO2 emitido decorrente dos materiais empregados na construção de uma residência unifamiliar. In: Congresso Técnico Científico de Engenharia e da Agronomia, Maceió – Alagoas. Disponível em: https://www.confea.org.br/sites/default/files/antigos/contecc2018/civil/171_qdceddmencduru.pdf

Locatelli, I. P. V, Bernardinis, M. A. P., & Amaral, M. M. (2020). Uma aproximação entre aspolíticas públicas de mobilidade urbana e os objetivos de desenvolvimento sustentável em Curitiba-PR. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 9(1), 16850, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5585/geas.v9i1.16850 DOI: https://doi.org/10.5585/geas.v9i1.16850

Martins, R. (2020). Grupo NLMK reduz em 4% emissões de CO2 por tonelada de aço vendido em cinco anos. Disponível em: https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/21783-nlmk-reduz-4-emissoes-co2-por-tonelada-aco-vendido-cinco-anos

Melo, F. P., & Souza, R. M. (2015). Mapeamento geomorfológico da fragilidade ambiental do sítio urbano de Garanhuns - PE. Nativa, Sinop, v. 3, n. 4, p. 263-267. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/nativa/article/view/2191/pdf DOI: https://doi.org/10.14583/2318-7670.v03n04a07

Muñoz, P., Zwick, S., & Mirzabaev, A. (2020). The impact of urbanization on Austria’s carbon footprint. Journal of Cleaner Production, 263, 121326. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2020.121326

Organização Das Nações Unidas –ONU. (2015). Transformando nosso mundo: A agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2020.

Júnior, A. P., Oliveira, B., & Pereira, E. (2015). Divergências entre o plano diretor participativo e a expansão urbana desordenada: o caso do município de Marabá. Enciclopédia Biosfera, 11(21).

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale. Disponível em: https://www.conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/2052

Rosa, N. P. V. (2018). Levantamento das emissões de gases de efeito estufa na construção de um condomínio residencial em série na cidade de Curitiba. 77f. (Monografia) Especialista no curso de Pós-Graduação no Setor de Ciências Agrárias. Universidade Federal do Paraná, Paraná.

Russo, R. (2017). Construções em madeira e mudanças climáticas Disponível em: https://www.wwf.org.br/?56062/Artigo---Construcoes-em-Madeira-e-Mudancas-Climaticas

Schuster, B. S., Hipolito, V. M., Taboni, L. R. J, Knaut, B. F., & Correia, J.E. (2019). Comparativo entre sistemas construtivos para a quantificação de emissão de CO2. 10f. Disponível em: http://www.ibeas.org.br/conresol/conresol2019/I-088.pdf

Stachera Junior, T. (2006). Avaliação de emissões de CO2 na construção civil: um estudo de caso da habitação de interesse social no Paraná. Master's thesis, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em: https://riut.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27142

Sethi, M. (2017). Climate change and urban settlements: A spatial perspective of carbon footprint and beyond. London and New York, Taylor & Francis Group. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315398501

Tavares, E. C. De. S., & Gondim, P. C. A. (2008). Viabilidade técnica de conversão de cerâmicas do Rio Grande do Norte para gás natural. 5f. Revista do Técnico Cerâmico Brasileiro. Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Disponível em: https://ceramicaindustrial.org.br/article/587657377f8c9d6e028b4746/pdf/ci-13-4-587657377f8c9d6e028b4746.pdf

Visedo, G., & Pecchio, M. (2019). Roadmap tecnológico do cimento: potencial de redução das emissões de carbono da indústria brasileira até 2050. Rio de Janeiro: SNIC.

Wang, J., Du, G., & Liu, M. (2022). Spatiotemporal characteristics and influencing factors of carbon emissions from civil buildings: Evidence from urban China. PloS one, 17(8), e0272295. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0272295 DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0272295

Worldsteel Association. (2020). Steel companies from around the world have been providing data for the wordsteel Sustainability Indicators since 2004. Disponível em: https://www.worldsteel.org/steel-by-topic/sustainability/sustainability-indicators.html

Publicado

2024-04-16

Como Citar

Vigoderis, R. B. (2024). SIMULAÇÃO E MITIGAÇÃO DA PEGADA DE CARBONO PROVENIENTE DE MATERIAIS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS E SUBSTITUIÇÃO POR MATERIAIS ALTERNATIVOS. Revista De Gestão Social E Ambiental, 18(8), e05487. https://doi.org/10.24857/rgsa.v18n8-004

Edição

Seção

Artigos